Passou aqui um ser assim
muito estranho de tão grande
Já se fora adiante
De chafuradado na areia,
vou ver o que sucede
com olhos atônitos
observo, atento, os seus
Tenho olhos escuros
e viro a cabeça
cabelos!
Causo tumulto n'areia
Para lado ao buraco
preparo-me para voltar
não volto
só mato o que está à anotar
Parei para vê-lo
não dava pra crer
Se olha, me escondo
por medo de tudo
do passo em meu teto
tremores no chão
Vieram mais dois
e então, outros dois
Daí me escondi
pra onde fugir?
É como vivo n'areia
um ser serelepe
que anda pros lados
com percalços
Como vivem lá em cima?
assim, sem andar pros lados
Quais são seus pecados?
Que não poem-se a esconder
Volto ao buraco
atrás das baratas e tatuís
O meu lar subterrâneo
já seguro d'humano