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INQUIETO

"Mas sigo o meu trilho. Falo o que sinto e sinto muito o que falo - pois morro sempre que calo." (Affonso Romano de Sant'Anna_Que País é Este?)

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Discricionariedade vinculada

No passo que puder dar,
no caminho que puder seguir
a vida leva-se
e se vai
esvaindo,
sem vaidade,
pelas posses
por que passam
os preceitos
que assumimos
No toque de um calcanhar,
com um joelho mambembe,
o tempo passa
e espaça
o percalço
Qual seja o trato
e os obstáculos impostos,
aposte
tudo o que tiver,
por sorte
ou propósito
Só o seu espólio,
no movimento intercalado
dos astros,,
determina
se posta-se calado
ou se comove
No tempo que tiver
e espaço que conquistar
tome o chicote ao alcance
da mente,
em hipótese
ou plano
que te comande
Seja o tanto que ande,
no tempo de agora
ou de antes:
Te faz testemunha
infante
do acaso!

domingo, 25 de março de 2018

o sentido de tudo

eu passo ao fundo
em me fazer seguro
pois, me pertenço

em um segundo
tenho o absoluto
e não convenço

pois, nesse mundo
tem-se de tudo
e nada tem sentido

o meu estilo
é não ter estilo
e crença











quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Janela de Vidro

São teus olhos,
a forma deles,
sua cor e desejo
o que carregam em si
insegurança e certeza
O teu jeito macio
de dizer,
teus movimentos
lentos,
Tua sede de viver
Minha sede,
uma saudade
pra se ter
São teus olhos,
largas janelas
Tua boca cheia,
terna promessa
Tua presença
é doce esperança
Teus pensamentos
são nossa dança

a crédito

O sol sustenta,
em ocre,
a cor da pele
e dita os modos
de quem tá na seca,
sob sedenta sede

Os ramos mesmos oram pelo verde
por saudade do solo, já rachado

Eis que um temporal os acomete
e muda o tempo todo ao lado

Com água, agora, há gana
tem gordura nos bois e há banana

O quê se planta dá
têm-se o que comer
pra sustentar o ocre,
a cor que o sol tingiu
na pele. A sua história

que entoa o riso
que a seca ruiu
que o calor secou
que a fome escondeu
e a chuva pariu