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INQUIETO

"Falo o que sinto e sinto muito o que falo - pois morro sempre que calo." (Affonso Romano de Sant'Anna_Que País é Este?)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pretejar

Não levo o peito à cama
pra não me trovejar o coração.
No instante em que se inflama,
traz de volta ao mundo
                                              [solidão

Tremendos rodopios planam
nas voltas fervorosas do meu
                                                  [vão
Escuto os termos tímidos
das turbas tolerantes de então.

Esqueço-me do terço entoado
de um crente já desacreditado
por ter nos sentimentos 
                                             [a razão

Permito aos prantos parcos
verterem-se em mil cacos
pra darem, enfim, à Luz
                                              [Escuridão.


Um comentário:

  1. Oi, Daniel!

    Por mais que não queiramos, a solidão em alguns momentos nos invade. Penso tanto... até me sufocar...até me afundar na solidão.
    Adorei a poesia. É o que sentimos, pensamentos esparsos, sem nexo, e muitas vezes, sem razão.
    abraço,
    Sonia Rodrigues

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