Mas causa um incômodo repugnante despedir-se. Como quem fosse, deixasse de existir, como tivesse existido apenas ali naquele trecho, num lapso só.
Por vivermos tão sozinhos em um mundo tão cheio, no tempo em que despertamos para o encantamento da vida, impera a gana de compartilhar.
Ao se entregar aos outros, conhece mais a si. Passa a identificar no comportamento alheio, suas características. Tem sempre alguma coisa de você no jeito do outro.
Talvez isso torne tão duro partir. Separar-se é ver-se morrer um pouco. A vida que gostaria de ver refletida no próximo se esvai.
Conhecer e deixar-se conhecer é descobrir-se.
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