Páginas

INQUIETO

"Falo o que sinto e sinto muito o que falo - pois morro sempre que calo." (Affonso Romano de Sant'Anna_Que País é Este?)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

AMIGO

Sei bem que as amizades se dissolvem, na mesma intensidade em que se firmam. Somos sujeitos distintos, porquanto o tempo nos defina. 

Nosso caminho tem atoleiros, como tem  mata-burros, estende tapete e cria absurdos. Estes degraus estabelecem o impulso ao nosso interesse. 

Sinto ter pisado em falso muitas vezes. Foi a gana de escalar que me fez cair. Querendo mostrar o que não possuía, te fiz rir, de mim.

 Em tempo, ao me pensar além da razão, dei vazão ao que não se quer impedir. O que lhe pedi, faria por ti e, por mim, gostaria de ouvir.

Sei que traço caminhos cruzados, sem sentido ou enviesados. No fim, de tudo o que aprendi contigo, restam abraços de um caldo divertido. 

Posso dar muito mais ao mundo do que me considero, inadvertidamente, capaz.  A idade, a mudança, a alteridade, Aleluia! Sobrepassam o senso irrazoado que nos domina tempo e hora.

Rogo que perdoe meus arroubos, deixe de lado meus instintos. De todo modo, a cada cálculo que fizer, estará somado o balanço do barco ao chocalho da rede. 

Em cada atitude esperada, posso deixar um desejo, dar passo errado e me desculpar.

Pouco sei do caminho traçado, mas fazemos curvas, olhamos pros lados, desenhamos o mundo. Estamos (f)errados! 

Nosso desenho é rabisco, mas o esboço traz previsão. Guardo sempre ao lado, o balanço, o aprendizado, pra ser menos criança e ter no calço, a sua razão.

Mar, sol, calma e emoção!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Manda brasa!