Inventaram um imposto escandaloso
com um nome feio de lustroso
que tem a eternidade provisória
e cobra do povão a sua escória
Nos seus atributos de bondoso
o líder dos tributos é charmoso
pois, consegue todo dia a vitória
de apagar as lembranças da memória
As siglas ditas em tom pomposo
até parecem lhes trazer a glória
aos fiéis pagadores do povo
Não têm na sua mesa nem chicória
Mas, com qualquer tratamento amoroso
Esquecem os espólios da história
com um nome feio de lustroso
que tem a eternidade provisória
e cobra do povão a sua escória
Nos seus atributos de bondoso
o líder dos tributos é charmoso
pois, consegue todo dia a vitória
de apagar as lembranças da memória
As siglas ditas em tom pomposo
até parecem lhes trazer a glória
aos fiéis pagadores do povo
Não têm na sua mesa nem chicória
Mas, com qualquer tratamento amoroso
Esquecem os espólios da história
Poderia ter comentado em um certo outro post, mas ficaria muito óbvio, vc sabe.
ResponderExcluirParabéns, Fleming! Vc pode ser atrapalhado pra outras coisas, mas na poesia você tem um talento mais do que notável. Beijos.
Daniel,
ResponderExcluirpassei por aqui pra te deixar um abraço e a saudade das noites em Manaus e Brasília.
Tabmém tô pensando em por o blog na rua com alas de prosa poética e crônicas. problema é o tempo, maninho.
Aí vai um exemplo do momento:
I
Move-me a areia feita de pedras, sol e sal.
Movediça miragem de um deserto solitário
onde se enterram segredos de conchas e estrelas.
Agonia-me a vida um mar profundo em que se afogam lembranças
- rastro inatingível de tristeza.
Minha vida é esse barraco abandonado na paisagem da minha janela,
de vidros estilhaçados e grades que me protegem do vazio e memórias alheias,
do nada que emerge da noite em lampejos de sombras e miados em cio,
de névoa envolvendo a cidade, alongando os dias,
- como a cortina que acoberta o passo de um bêbado trôpego no lixo da rua
a confundir a cor das folhas e o sentido das coisas.
II
As luzes frias postadas na rua me dão a falsa sensação de segurança.
O cheiro úmido da terra pingada de chuva se mistura à fumaça que exala de minha narina.
O vício é o vazio das coisas pintadas no claro-escuro da noite de minha janela.
Que sentido há na hera em busca do teto, senão subir as paredes do casarão abandonado e perder-se no abandono do casarão, margeando calhas e cabos oxidados?
Qual o sentido da noite - senão perseguir sonhos esquecidos no correr dos dias?
Herbert Marcus
cada a poesia q vc escreveu aqui em sampa?? bjinhos, lucilara
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