Sob qual produto
Sabe lá seus rumos
As suas origens
Nem seu destino
Os seus ouvidos
E o que se escuta
Trava en permuta
os nossos pinos
Um peão à frente
Sem cavalo atrás
Pede à nossa dama
Que se movimente
Provo do irreal
Em tombo
Desproporcional
pEnsardifErEntEéArtE!
Sim, sinto sua falta e falho
E nem lhe digo de verdade
Que nisso resiste a gravidade
Põe carta longe do baralho
Vale muito nos perder
ter distância e querer
Que a cada polegada
Soma, à força, a pegada
À distância, vejo os passos
E sigo o seu destino
Pois não lhe ter por perto
É só um torto desatino
Ao mostrar assovios
Em suaves desvios
É que nos afinamos
Sem pensar no peso
Do desleixo
Sem deixar de pensar
Nos seixos
Que de rolados
Já não os queixa
Sem mente
Se inteligente
Há pra tudo
Um jeito
E qualquer sujeito
Tem sua razão
Importa mesmo
é ser gente
Ter desvios
O queixo nos dentes
Por não ser sujeito
Ao que faz deleite
Do que foi, então
Não nos deixe
Sem ser mar
Ao peixe
Nem dar cara
Aos tapas
Que afagam
E afogam
Ser inteligente
É ler
No meio de toda gente
Sem ter nem noção