Tinha uma perna quebrada
e vontade
Você tinha vontade
e requebrava
e vontade
Você tinha vontade
e requebrava
Um olho no outro
é verdade
Temos desejo
Um suingue que arde
Pego em sua anca,
encosto em seus seios,
um alarde
Eu sei, você sabe
não é tão tarde
não é tão tarde
Forma o desejo
e damos um beijo
e damos um beijo
Me aprochego
olho no fundo do leito
Atravesso seu rio
sem nado
Um dedo, dois dedos,
meu corpo inteiro
e, sem ser
covarde
lhe ofereço a boca
No que já é tarde
Cada dor
dobra a idade
dos seus beijos
da sua boca
na minha boca
Em segredo
lhe tenho no peito
Inteira
dentro de um sujeito
sem jeito
imperfeito
e refeito
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