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INQUIETO
"Falo o que sinto e sinto muito o que falo - pois morro sempre que calo." (Affonso Romano de Sant'Anna_Que País é Este?)
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
SurubUs
Pra comerem a carniça
restante da pescaria?
restante da pescaria?
Limparem a praia de hostis dejetos?
Serem símbolo de clube?
Anunciarem a morte?
Acontece que os urubus
não vivem para os nossos olhos,
não vivem para os nossos olhos,
mas para o vento,
a montanha e o mar.
Vivem para a vida.
Confrontarem o tempo,
plainarem na brisa,
pisarem na areia
e revoarem.
Bem como nós,
bichos,
que também podemos voar!
BRAVO
Desce a água de um Rio fugidio
de encontro ao Mar
Cantam Aves seus piares e arrepio
sem saber cantar
Correm, entre as Folhas, Alevinos
Pairam Pedras sobre o leito
Troncos finos às espreitar
Carangueijos nutrem a terra pequeninos
sob a sombra da folhagem seca
Tecem teias, as Aranhas, por famintas
e os Insetos têm de escapar
Entre as ondas, surfam Peixes graudinhos
sem prancha para os levar
As Gaivotas sobrevoam um Cardume
vez em quando furam o Mar
O Pato d'água nada e afunda
para alimentar
Observam, os Urubus, em alto vôo
ventam-se atoa
Lá ao fundo, há um burburinho
que se move na harmonia de Golfinho
Atrás das Sardinhas
tantas são, tadinhas
Lá na Ilha, outra vida nos espera
mas a Selva assevera:
Deixe o Homem pra lá!
de encontro ao Mar
Cantam Aves seus piares e arrepio
sem saber cantar
Correm, entre as Folhas, Alevinos
Pairam Pedras sobre o leito
Troncos finos às espreitar
Carangueijos nutrem a terra pequeninos
sob a sombra da folhagem seca
Tecem teias, as Aranhas, por famintas
e os Insetos têm de escapar
Entre as ondas, surfam Peixes graudinhos
sem prancha para os levar
As Gaivotas sobrevoam um Cardume
vez em quando furam o Mar
O Pato d'água nada e afunda
para alimentar
Observam, os Urubus, em alto vôo
ventam-se atoa
Lá ao fundo, há um burburinho
que se move na harmonia de Golfinho
Atrás das Sardinhas
tantas são, tadinhas
Lá na Ilha, outra vida nos espera
mas a Selva assevera:
Deixe o Homem pra lá!
Refúgio
Fujo da opressão, dos prédios, por sacrilégio, das ruas cheias, das pessoas rasas.
Fujo de mim mesmo, do que fui, do que pretendia ser. Das obrigações mundanas, do tédio. Do aluguel do corpo, das contas a prestar.
Fujo das remessas rotineiras de afeto sem traquejo, sem beijo.
Fujo do passado, malogrado. Das histórias infindadas, dos abraços sem pegada.
Fujo das conversas com caminho traçado, com resultado.
Fujo de filosofias saturadas, de cartas marcadas, onde não se pode inovar.
Fujo de um mundo sem pecado, desvairado, onde só se pode acertar. Dos comportamentos marcados, ritmados, rotulados pra pagar.
Fujo de um povo apavorado, que tem tudo, mas insiste em negar.
Fujo para a praia do rescaldo, do meu lado, onde Ser é estar.
sexta-feira, 25 de julho de 2014
por si só
Como não
amasse,
além de
mim.
Vivesse
um ser
afim de
si,
só de si.
Como se
trancasse,
comezinho,
ciente de
seu ser,
sem
conviver
viver.
Como se acomodasse,
sem coexistir,
lhe faz
persistir,
em ser
alheio,
ao meio.
Esquece
se o permitir
seu ser
só
por se
seduzir,
outrossim,
só sim.
Sem se socializar,
faz
passar
o espaço.
Não resta
um rastro,
por fim.
terça-feira, 8 de julho de 2014
respiro
Qualquer esperança pra quem não tenha fé,
pra quem coloca o coração no pé.
Qualquer chute desferido pela defesa,
um ato de terror, cometido sem gentileza.
Qualquer sopro, se alguém tiver pulmão,
um respiro na clausura em que vive então.
Qualquer luz vence essa escuridão,
talvez se veja, caso haja, algo de bom.
Qualquer jeito a se dar na desilusão,
qualquer riso entoado ante a multidão
e uma centelha nos faz reviver.
Qualquer vitória sob violação,
qualquer grito árido para a geração
de um novo ritmo para sobreviver.
sábado, 7 de junho de 2014
frente ao fim
foi posto em cimento,
no cal do lamento.
e, assim, nesse posto,
tem-se por suposto.
mas move-se e movimenta
por seu planeta-placenta.
desponta em seu brilho,
provoca temor e arrepio.
pensa se pode ser livre
da condição em que vive,
em um novo ambiente.
só que prende-se ao chão,
pois, os pés o trapacearão
e tudo tornará repente.
sexta-feira, 23 de maio de 2014
És Tudo
Tem mais cuidado consigo
por apostar no destino,
pois sobrevive ao perigo
tão grande, por ser pequenino.
Controla o passo e o caminho,
contorna o andor e, cedinho,
levanta o ânimo e seu tino
alarga o que, ainda, for fino.
Não rói mais sua unha,
convence a pedra a virar pluma.
Denomina o seu dono!
Corre por seu propósito
e por estar tão disposto
faz na vida o que faz no sono.
domingo, 11 de maio de 2014
As Mães Nunca São Sinceras
Sem pesar defeitos,
todos eles,
acima disso,
o Amor
por Você.
Belo ou feio,
será Belo,
um ser supremo,
já que feito
pra Vencer.
Ouvido atento
para não dizer
o que, no momento,
possa parecer
tormento.
Um jeito simples
tenta pôr no eixo
o que nem um beijo
conseguiu
fazer.
As suas mentiras
são por ter
na mira
alguém pra
proteger.
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Testigo
Juro dizer
nada mais que a verdade
a que sempre me rege,
somente a verdade,
amem!
Prometo, por honra,
ser feita a nossa vontade
nas funções a mim confiadas
na terra ou no céu
também!
Garanto agora
e na hora de nossa morte
agir com probidade,
assim, entre as mulheres,
mamem!
Comprometo-me a perdoar
a quem tenha ofendido,
para a convivência humana,
buscando a paz,
além!
Prometo, por fim,
defender a Liberdade.
Eia, pois, advogada nossa,
já que a ti me confio,
amém!
segunda-feira, 31 de março de 2014
segunda-feira, 10 de março de 2014
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