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INQUIETO

"Falo o que sinto e sinto muito o que falo - pois morro sempre que calo." (Affonso Romano de Sant'Anna_Que País é Este?)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Yo-Yo

Em cada pedaço meu deixado
no ir e vir de um iô-iô lesado
vai ficar alguma marca minha
e apagará toda amorosa linha.

Se sou brinquedo de pouco divertimento
é bom que me desligue sem lamento
que agora a bateria resta fraca
e em meio aos movimentos sempre empaca.

Se conseguir se lembre que o motor
que move os mecanismos trazem dor
pois, sim, tenho nervos nessa parte.

As articulações estragadas de calor
refletem o desgaste de um amor
paralisante e passível de resgate.

Um comentário:

  1. É, meu nobre amigo. É possível sentir a dor que sentes. Curioso é que passas por isso, quando também passo. Meus últimos textos e fotografias têm sido confissões de minha ainda irremediável tristeza. Mas admiro-te por admitir que não renuncias aos teus sentimentos. Também não o faço e pago o preço por cultivar loucuras (porque assim o consideram) como um amor eterno, verdadeiro, paixão, sinceridade. Sinto às vezes que vivo o "Amor nos tempos do cólera" ou, simplesmente, a dor de um amor que não dá certo. Eis aqui a minha confissão, não tão bela como a tua, mas minha. Um forte abraço e saudades de nossas conversas.

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