E tanto pensei
Já quis e não mais
Um passo a querer
Agora e por tudo
De toda maneira
Já tive um motivo
Nenhuma ladeira
Amar é uma luta
E tudo se busca
Armar-se no fim
É faca e caveira
Por tanto motivo
E sem ter razão
Corte-me o não
A saudade é um ímã de neodímio
Atrai tudo, por quê me redimo
um pedaço qualquer do meu aço
Puxa toda a força e despedaço
Sim, sinto sua falta e falho
E nem lhe digo de verdade
Que nisso resiste a gravidade
Põe carta longe do baralho
Vale muito nos perder
ter distância e querer
Que a cada polegada
Soma, à força, a pegada
À distância, vejo os passos
E sigo o seu destino
Pois não lhe ter por perto
É só um torto desatino
Ao mostrar assovios
Em suaves desvios
É que nos afinamos
Sem pensar no peso
Do desleixo
Sem deixar de pensar
Nos seixos
Que de rolados
Já não os queixa
Sem mente
Se inteligente
Há pra tudo
Um jeito
E qualquer sujeito
Tem sua razão
Importa mesmo
é ser gente
Ter desvios
O queixo nos dentes
Por não ser sujeito
Ao que faz deleite
Do que foi, então
Não nos deixe
Sem ser mar
Ao peixe
Nem dar cara
Aos tapas
Que afagam
E afogam
Ser inteligente
É ler
No meio de toda gente
Sem ter nem noção