Não há rosas sem espinhos
não há vento que navegue
sem medi-lo
Não há cheiros que se entreguem
gustativos
Sem gritar.
Não há cores nas paredes
sem deslumbre
Não há luz que não se veja
em azedume
Não há alegria desprovida de cansaço
tristeza, sem percalço.
Não há rua sem calçada
não há pele nua
sem se ter tapada
não há nova ideia
ainda inventada
Não há palavra sem espaço
não há ponto sem traço
não há gente sem a gente
não há mais quem aguente.
não há sal adocicado.